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segunda-feira, 30 de março de 2015

(Bô)(â)nus

Via Daniel Weber


A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou o pagamento do maior bônus da história: R$1 bilhão. O que a população não sabe é que a política de bonificações implantada pela Secretaria da Educação do Governo (?) do Estado de São Paulo para supostamente premiar as escolas que alcançarem metas de progresso no IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) é uma enganação. É desculpa para não dar aumentos reais à categoria dosprofessores. Para alcançar bons resultados acadêmicos uma escola precisa de uma equipe integrada, coesa, com recursos e autonomia para criar um ambiente organizado e receptivo aos estudantes, que os instigue ao saber, à cultura e ao convívio saudável. Precisa também de programas que levem esporte e arte às escolas, ampliando o sentido de participação e pertencimento dos estudantes. Não é o que acontece. A verdade é que para muitos professores a escola do Estado é um segundo emprego, um bico estável. Existe uma estrutura burocrática que fragmenta o trabalho, desloca o professor por várias escolas, impedindo-o na prática de integrar uma equipe. Não recebe a jornada do Piso (lei federal que regulamenta o salário e jornada do professor) que lhe garantiria um terço de sua jornada fora de sala de aula para se prepara e qualificar sua prática. Por mais esforçado que seja o professor, se a escola em que está é desorganizada nada poderá fazer para receber seu bônus. O professor tem que se virar em um ambiente cada vez mais sem sentido e hostil e é responsabilizado por algo que não está ao seu alcance nestas condições: fazer uma escola de qualidade.


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No final, era o caos #3


segunda-feira, 2 de março de 2015